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Nº1 em experiências e atividades no Rio de Janeiro, segundo o Trip Advisor

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Parque Nacional da Tijuca

  • Foto do escritor: guiarodrigoindio
    guiarodrigoindio
  • 12 de abr. de 2024
  • 7 min de leitura

A missão do reflorestamento foi confiada ao Major Manuel Gomes Archer, que iniciou o trabalho com seis escravos, alguns feitores, encarregados e assalariados que deram início ao reflorestamento. Em apenas 13 anos, mais de 100 mil árvores foram plantadas, principalmente espécies da Mata Atlântica.




O substituto do Major Archer, o Barão d’Escragnolle, manteve os esforços de reflorestamento e iniciou também um trabalho de paisagismo voltado para o uso público e a contemplação. Sob coordenação do renomado paisagista francês Auguste Glaziou, a floresta foi transformada em um belo parque com recantos, áreas de lazer, fontes e lagos. A aleia de eucaliptos e algumas pontas que vemos hoje são resquícios deste trabalho. O plantio teve continuidade nos anos seguintes e, associado ao processo de regeneração natural, formou a grande floresta existente hoje no Maciço da Tijuca. Após anos de relativo abandono e esforços pontuais de manutenção, a Floresta da Tijuca teve um período de forte revitalização na gestão do milionário e mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya, na década de 1940. A revitalização incluiu a abertura dos Restaurantes Esquilos, Floresta e Cascatinha, a consolidação das vias internas e os recantos e projetos paisagísticos de Roberto Burle Marx. Em 1961, o Maciço da Tijuca – Paineiras, Corcovado, Tijuca, Gávea Pequena, Trapicheiro, Andaraí, Três Rios e Covanca – foi transformado em Parque Nacional, recebendo o nome de Parque Nacional do Rio de Janeiro, com 33 km 2. Seis anos depois, em 8 de fevereiro de 1967, seu nome foi definitivamente alterado para Parque Nacional da Tijuca e, em 4 de julho de 2004, um Decreto Federal ampliou os limites do Parque para 39,51 km², incorporando locais como o Parque Lage, Serra dos Pretos Forros e Morro da Covanca. O patrimônio natural é sem dúvida o mais conhecido e consagrado no Parque, mas sua ocupação ao longo de quatro séculos gerou uma valiosa herança histórico-cultural, que hoje se constitui em um importante acervo a ser preservado.


CUIDADOS AO VISITAR O PARQUE Ao visitar o Parque Nacional da Tijuca tenha em mente que somos uma área protegida e, portanto, é importante que os visitantes tenham cuidados especiais: Não alimente animais Jogue lixo no lixo Proibido animal de estimação Não colete plantas Não faça fogueiras Não deixe oferendas Mantenha-se na trilha Sinal fraco de celular Ao visitar o Parque Nacional da Tijuca tenha em mente que somos uma área protegida e, portanto, é importante que os visitantes tenham cuidados especiais:

– Animais domésticos não pertencem à fauna silvestre e devem permanecer fora dos limites do Parque.

– Alimentar a fauna é prejudicial para a preservação das espécies.

– O fogo pode causar destruição e oferece perigo.

– Deposite seu lixo em local apropriado ou o leve de volta para casa.

– Oferendas religiosas são deixadas no Parque, poluem os rios, sujam a mata e afetam os animais.

– Os banhos de cachoeira são permitidos nas cachoeiras do Horto (Quebra, Chuveiro, Primatas), na cachoeira das Almas (no setor Floresta) e nas duchas das Paineiras.

– Atalhos causam erosão. Utilize a trilha oficial.

– O uso de bicicletas só é permitido nas vias asfaltadas ou nas trilhas de Mountain Bike.

– O pernoite só é permitido, em casos especiais, mediante autorização.

– Caminhões, ônibus de grande porte e carros de auto-escola devem usar outra rota.

– É necessária autorização da administração do Parque para realizar filmagens de cunho comercial, jornalístico, bem como eventos e produções de qualquer outra natureza.

– A utilização de equipamentos e instrumentos sonoros afeta o ecossistema, sendo permitida somente mediante autorização.

– Para comercialização de produtos no PNT é necessária autorização da administração.


FAUNA O Parque Nacional da Tijuca possui uma fauna relevante tanto de invertebrados (platelmintos, moluscos, anelídeos e artrópodes) quanto de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Os animais invertebrados possuem um importante papel no ecossistema, contribuindo para a decomposição de matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, realizando a polinização das plantas para produção de frutos e atuando como elementos fundamentais na cadeia alimentar. Os vertebrados são fundamentais para o equilíbrio ecossistêmico e para a manutenção dos processos ecológicos, interagindo de forma complexa com o ambiente e os seres vivos. A fauna de vertebrados no Parque Nacional da Tijuca é relativamente diversa e inclui espécies de mamíferos de médio porte, répteis e espécies de pequeno porte como anfíbios e aves.


MAMÍFEROS Atualmente, ocorrem 63 espécies de mamíferos de médio e pequeno porte no PNT, com destaque para o macaco-prego (Cebus apella), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), a paca (Agouti paca), a preguiça (Bradypus variegatus), a cutia (Dasyprocta leporina), o ouriço-cacheiro (Coendou insidiosus), o gambá (Didelphis marsupialis), o tapiti (Sylvilagus brasiliensis), o caxinguelê (Sciurus aestuans), o morcego-beija-flor (Glossophaga soricina) e o quati (Nasua nasua), animal símbolo do parque. Infelizmente, devido à caça e à redução e à fragmentação do habitat, os mamíferos de grande porte, como a onça e a anta, foram extintos do parque. Macaco-prego - Sapajus é um gênero de primatas da América do Sul que inclui as espécies de macaco-prego, também chamados micos-de-topete e são uns dos mais comuns primatas da América do Sul. Sendo que o número de espécies variou entre uma única espécie até 12 espécies. O termo macaco-prego origina-se do fato de o pênis do animal ter o formato de um prego quando ereto.


AVES O Parque Nacional da Tijuca exerce um papel extremamente importante para a conservação de muitas espécies de aves na região, onde muitas são consideradas endêmicas. Apesar de ter sofrido grandes alterações, ainda possui uma avifauna razoavelmente rica com 226 espécies, com destaque para o tucano-do-bico-preto (Ramphastos vitellinus), o tico–tico (Zonotrichia capensis), o tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata), o cuspidor-de-máscara-preta (Conopophaga melanops), o pica-pau-anão-barrado (Picumnus cirratus), a saíra-sete-cores (Tangara seledon), o gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea), o tiê-preto (Tachyphonus coronatus), o tangarazinho (Ilicura militaris), a maíra-da-mata (Hemithraupis ruficapilla), a maitaca-verde (Pionus maximiliani), o periquito-rico (Brotogeris tirica) e a tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis).


ANFIBIOS E REPTEIS Os anfíbios podem viver em diferentes ambientes, como serapilheira, bromélias, arbustos, árvores, gramíneas e próximos a corpos d’água. Devido a sua sensibilidade aos poluentes, os anfíbios são ótimos bioindicadores de qualidade ambiental. No Parna Tijuca ocorrem 39 espécies de anfíbios, entre elas a rãzinha (Adenomera marmorata), o sapo (Aplastodiscus albofrenatus), a rã de Goeldi (Flectonotus goeldii) e o sapo cururuzinho (Bufo ornatus). Os répteis são elementos importantes no meio ambiente, controlando as populações de suas presas (insetos e roedores), atuando como base da dieta de muito predadores e ajudando a manter o equilíbrio da complexa teia alimentar no ecossistema. No PNT ocorrem 31 espécies de répteis, como os lagartos (Ameiva ameiva, Tropidurus torquatus e Tupinambis merianae) e as serpentes Bothrops jararaca (peçonhenta), Siphlophis compressus e Liophis miliaris (não-peçonhentas).


INVERTEBRADOS Os animais invertebrados possuem um importante papel no ecossistema, contribuindo para a decomposição de matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, realizando a polinização das plantas para produção de frutos e atuando como elementos fundamentais na cadeia alimentar. Foram identificadas várias espécies de animais invertebrados vivendo no PNT como, por exemplo, os escorpiões (Tityus costatus e Thestylus glazioui), o camarão-de-água-doce (Macrobrachium potiuna), as libélulas (Castoraeschna castor e Libellula hercúlea), os besouros (Austrolimnius laevigatus e Phanocerus clavicornis) e as borboletas (Melinaea ludovica, Parides tros e Morpho achilles).


RELEVO O Parque Nacional da Tijuca tem seu relevo montanhoso e acidentado, em que se destacam o Pico da Tijuca, o Corcovado e a Pedra da Gávea, o maior monólito à beira mar do mundo. Tudo isso atribui ao Parque uma beleza natural única, contrastando o verde da mata com as superfícies rochosas e o mar. As rochas que formam as montanhas do Parque Nacional da Tijuca são bastante antigas, com idades em torno de 1,7 bilhões de anos. A maioria delas é de gnaisse, uma rocha metamórfica, resultantes de um conjunto de processos geológicos que as “empurraram” para cima por meio de forças tectônicas. Também é comum encontrar no Parque rochas quartzíticas e calcissilicáticas. As rochas menos antigas (cerca de 600 milhões de anos) são exemplos o granito da Cabeça do imperador, na Pedra da Gávea, e os granitos do Vale do Elefante e dos Urubus, no Grajaú.


HIDROGRAFIA O sistema fluvial do Parque Nacional da Tijuca é bastante extenso e variado. Entre os principais córregos e rios estão: o Rio Maracanã, Rio Carioca, Rio Cachoeira, Rio das Almas, Córrego da Pedra Bonita, Rio da Barra, Riacho Pai Ricardo, Rio Cabeça, Riacho da Lagoinha e Rio Silvestre. A famosa Cascatinha Taunay está entre as diversas quedas d'água do Parque, que também conta com a Cachoeira do Pai Antônio, Cachoeira do Ramalho, Cachoeiras do Horto, Cachoeira dos Primatas, Cachoeira das Almas, Cascata Gabriela, Cascata Diamantina, Cascata do Conde, Cascata da Cova da Onça, Cascatas das Sete Quedas, em meio a outras. No século XIX, a captação das águas do Parque Nacional da Tijuca era estratégica e primordial para o abastecimento da cidade, criando-se, no final daquele século, uma completa rede de pequenas represas, captando a água de diversos rios do Parque. Ainda hoje as águas do Parque abastecem diversos bairros vizinhos. O Rio de Janeiro, assim como outras cidades litorâneas brasileiras, tem clima tropical atlântico (isto é, quente e úmido), o que significa verões chuvosos e invernos mais secos. A cidade, assim como todo o estado, depende diretamente da mata atlântica, incluindo aí a cobertura verde do Parque Nacional da Tijuca, para a manutenção do seu equilíbrio hidrológico.


FLORA O Parque Nacional da Tijuca apresenta uma biodiversidade significativa, com 1619 espécies vegetais, sendo que destas, 433 estão ameaçadas de extinção. É possível observar no Parque o angico (Anadenanthera colubrina), a quaresmeira (Tibouchina granulosa), a embaúba (Cecropia glaziovii), a paineira (Ceiba speciosa), o ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus), o jequitibá (Cariniana legalis), o cedro (Cedrela odorata), a copaíba (Copaifera langsdorffii), o pau-ferro (Libidibia ferrea), a brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum), a juçara (Euterpe edulis), os sonhos d’ouro (Psychotria nuda), a orquídea (Brasilaelia crispa), a bromélia (Aechmea fasciata) e a begônia (Begonia tomentosa).


DATAS As fortes chuvas que começaram a cair sobre a região metropolitana do Rio de Janeiro na noite de 5 de abril de 2010, estendendo-se ininterruptamente por todo o dia 6, causaram um colapso na cidade, além de diversos deslizamentos de terra. Bairros inteiros ficaram alagados, escolas foram fechadas e a cidade parou.


 
 
 

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